Obrigado, Belo Horizonte

Passada a campanha, reeleito para mais quatro anos de mandato, com 13.088 votos, o momento é de reafirmar os compromissos assumidos durante a disputa e, principalmente, agradecer a Belo Horizonte pelo apoio e pela oportunidade de atuar como vereador até 2024. Essa é uma missão que me alegra, emociona e traz mais responsabilidades.

Entre os 37 vereadores que disputaram a reeleição, fui o mais votado. Entre os 41 eleitos para a próxima legislatura, fiquei em quarto lugar. Duda Salabert (PDT) foi a mais votada. Nikolas Ferreira (PTBR) ficou na segunda colocação. Em terceiro, a professora Marli (Progressistas). A eles e aos demais eleitos, meus cumprimentos. Em 2016, fui o nono vereador mais votado, com 10.185 votos. Neste ano, cheguei aos 13.088 votos. Como já disse, minha responsabilidade aumentou.

Ainda mais em um cenário de grandes mudanças na Câmara Municipal. Dos 37 candidatos à reeleição, apenas 17 alcançaram seu objetivo. Foi uma renovação expressiva, não apenas em termos de mudança de nomes, mas de representatividade. Tomo como exemplo o aumento significativo da presença das mulheres no Legislativo municipal. Nesta legislatura, são quatro. Na próxima, serão 11 representantes do gênero feminino. Sem falar nas pessoas LGBT+ que também se elegeram. É a diversidade começando a ocupar seu devido espaço na política.

Sinto-me feliz também por ter entre os pares da próxima legislatura a vereadora Marcela Trópia (Novo), Claudiney Dulim (Avante) e Wanderley Porto (Patriota), meus alunos no RenovaBR, uma escola de politica que prepara candidatos. Ressalto a eleição de Wanderley Porto também por ser meu parceiro na montagem de um gabinete coletivo, para maior eficiência e representatividade. Democrata e centrista, ele vai contribuir muito para o esforço de reconstrução econômica da capital.

Este ano foi e continua sendo duro, desafiante. Para mim e para Belo Horizonte. Perdi meu pai, Gilson Azevedo, que me faz muita falta, fui contaminado pela Covid-19. Já nossa cidade enfrentou chuvas devastadoras, a pandemia e seus reflexos socioeconômicos.

Mesmo assim, propus uma campanha leve. Sem recursos públicos do fundão partidário, consegui demonstrar nosso amor à nossa capital. Houve propostas. Não houve ataques. E os belo-horizontinos corresponderam, abriram as portas de seus lares e me receberam para conversar e me dar apoio, em volta da mesa. Não vou me esquecer de tanta generosidade.

Para quem questionou a opção partidária que fiz, respondo com o compromisso de manter integralmente minha independência, como fiz desde meu primeiro dia como vereador. Para mim, o mais importante é a autonomia, é a importância do Poder Legislativo. É o pleno exercício da democracia. Fui eleito, entre outras razões, por defender esses dois princípios. A democracia é a organização de uma sociedade que não serve a um senhor, não pertence a esse ou àquele determinado grupo.

E, por fim, reafirmo o que disse a todos durante a campanha: não serei candidato a mais uma reeleição, não vou deixar meu mandato no meio para concorrer a outro cargo público.
Estarei com meus eleitores e com Belo Horizonte até 31 de dezembro de 2024, como vereador, pois esta é a missão que vocês me atribuíram e pela qual agradeço mais uma vez. Muito obrigado.

Publicado em Jornal O Tempo em 20/11/2020.